PREFEITURA SANTANA

Em clima de eleições, Congresso volta do recesso nesta segunda-feira

Deputados e senadores tĂȘm atĂ© o dia 7 de agosto para aprovar trĂȘs medidas provisórias (MPs), caso contrĂĄrio, elas perderão a validade

Por Redação em 31/07/2022 às 21:03:31

Esvaziado pelo perĂ­odo eleitoral e com matérias prestes a perder a validade, o Congresso Nacional volta oficialmente nesta segunda-feira (1Âș), após o recesso parlamentar. Deputados e senadores tĂȘm até o dia 7 de agosto para aprovar trĂȘs medidas provisórias (MPs), caso contrĂĄrio, elas perderão a validade.

Na lista estão as MPs que regulamentam o teletrabalho (MP 1108/2022), admitem novas regras trabalhistas durante calamidade pĂșblica (MP 1109/2022) e ampliam linhas de financiamento do Programa de Simplificação do Microcrédito Digital (MP 1110/2022).

Na Câmara dos Deputados, o lĂ­der do governo, deputado Ricardo Barros (Republicanos-PR), adiantou que até sexta-feira (5) haverĂĄ um "esforço concentrado", acordado com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). No perĂ­odo, a ideia é votar também propostas com prazo de vencimento até outubro.

Um segundo esforço concentrado estĂĄ previsto para a Ășltima semana de agosto até 1Âș de setembro. No perĂ­odo, além de outras MPs o presidente da Câmara deverĂĄ pautar matérias de consenso entre os deputados.

Além das MPs prestes a caducar, hĂĄ outras na fila. Até o fechamento desta reportagem, eram 22 MPs na lista. Todas devem ser analisadas pela Câmara dos Deputados e, se aprovadas, pelo Senado.

Entre as medidas provisórias pendentes estĂĄ a que trata da abertura de crédito extraordinĂĄrio de R$ 27,09 bilhões no Orçamento deste ano para pagar benefĂ­cios ampliados na proposta de emenda à constituição (PEC) que prevĂȘ a criação de um estado de emergĂȘncia para ampliar o pagamento de benefĂ­cios sociais.

Como exemplo, o aumento do valor do AuxĂ­lio Brasil de R$ 400 para R$ 600, o reajuste do vale-gĂĄs e o voucher de R$ 1 mil para caminhoneiros. Esses benefĂ­cios terão validade até 31 de dezembro deste ano.

Com força de lei, assim que editadas pelo presidente da RepĂșblica e publicadas no DiĂĄrio Oficial da União, as MPs precisam ser aprovadas pelos parlamentares para se tornarem definitivas. A vigĂȘncia inicial de uma MP é de 60 dias. O prazo é prorrogado automaticamente por igual perĂ­odo, caso o texto não tenha a votação concluĂ­da no Congresso.

Vetos

Na volta do recesso, deputados e senadores também terão de analisar, em sessão conjunta, o veto do presidente Bolsonaro à norma que revogou a Lei de Segurança Nacional e definiu crimes contra o Estado DemocrĂĄtico de Direito (VET 46/2021).

Os trechos mais polĂȘmicos tratam da divulgação de fake news e da repressão de movimentos pacĂ­ficos. A votação, prevista para julho, foi adiada por acordo entre as lideranças partidĂĄrias.

Reforma TributĂĄria

Eleita como prioridade do Senado pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD - MG) e pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União-AP), a reforma tributĂĄria (PEC110/19) não avançou, no primeiro semestre, por falta de consenso e deve ficar para 2023.

"Temos o compromisso de avançar nas propostas que jĂĄ estão em discussão, como é o caso especial da PEC 110. Esse pleito é do setor produtivo, dos contribuintes, dos entes subnacionais. Sabemos da complexidade do tema, mas entendemos que o crescimento de nosso paĂ­s depende disso, sendo uma prioridade do Congresso Nacional para 2022", disse Pacheco na abertura do ano legislativo, ainda em fevereiro.

Em debate hĂĄ duas décadas, hĂĄ também uma proposta sobre o tema em tramitação na Câmara, a PEC 45/2019. Em comum, as propostas de deputados e senadores tĂȘm a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços.

Eles seriam substituĂ­dos por um só imposto, sobre o valor agregado (IVA). A unificação de impostos tem algumas vantagens: simplicidade na cobrança; diminuição da incidĂȘncia sobre o consumo; e uniformidade em todo o paĂ­s.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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