O Podemos anunciou na noite de hoje (5) seu apoio à candidatura de Simone Tebet (MDB) à PresidĂȘncia da RepĂșblica. Com a confirmação desse apoio, o MDB tem agora trĂȘs partidos na aliança pela candidatura de Simone Tebet: o PSDB, o Cidadania e o Podemos. Antes de apoiar a emedebista, o Podemos flertou com a possibilidade de lançar um candidato próprio. Nomes de Sergio Moro, que deixou o partido pouco depois de sua filiação, do senador Álvaro Dias e do general Santos Cruz chegaram a ser considerados para uma candidatura própria.
Ao lado de Tebet, a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), destacou a chapa composta por mulheres e exaltou a participação da mulher na polĂtica. Para ela, Tebet e sua candidata a vice, Mara Gabrilli, funciona como uma solução para o que ela classificou como tempos de ódio por causa da polĂtica.
"O Brasil estĂĄ muito dividido. A polĂtica tem gerado ódio, divisão, e, mais do que nunca, precisa desse olhar cuidadoso, maternal. Precisa do instrumento que de fato vai mudar nosso paĂs, que é o amor. Por isso estamos engajadas, eu, Simone Tebet e Mara Gabrilli, para mostrar que nossa força estĂĄ viva. As mulheres irão à luta", disse a presidente do Podemos.
Ainda nesta semana, a campanha de Tebet havia confirmado o nome de Gabrilli (PSDB), sua colega no Senado, como candidata a vice-presidente na chapa. Gabrilli, que é cadeirante, tem atuação destacada na defesa dos direitos das pessoas com deficiĂȘncia e das pautas femininas.
Em seu breve discurso durante o anĂșncio, Tebet exaltou uma das pautas mais caras ao Podemos, que é o combate à corrupção. A candidata à PresidĂȘncia pelo MDB, exaltou o histórico das candidatas da chapa e criticou o chamado "orçamento secreto". É assim que passaram a ser conhecidas as emendas do relator-geral do Orçamento, que, na prĂĄtica, podem ser usadas como moeda de troca de favores polĂticos por não haver informação clara de quem as recebe e qual o valor repassado.
"Esta candidatura é uma candidatura de ficha limpa. Ela estĂĄ pronta para dizer não à corrupção e sim ao combate à corrupção. O desvio de dinheiro pĂșblico estĂĄ matando no posto de saĂșde, na falta de remédio e médico. EstĂĄ matando o futuro das nossas crianças, que não tĂȘm creche e não tĂȘm ensino de qualidade", disse Simone. "Dinheiro tem, só estĂĄ sendo guardado, utilizado por meia dĂșzia de congressistas nos orçamentos secretos lĂĄ nos rincões dos municĂpios mais distantes do nosso paĂs, sem sabermos se efetivamente o dinheiro chegou".
Edição: FĂĄbio Massalli
Fonte: AgĂȘncia Brasil