PREFEITURA SANTANA

CCJ do Senado aprova PEC da Transição

Texto deve ser votado no plenĂĄrio nesta quarta

Por Redação em 07/12/2022 às 10:37:25

Após uma longa sessão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição chamada PEC da Transição. A proposta visa garantir recursos para programas sociais no Orçamento da União de 2023, como a continuidade do pagamento do Bolsa FamĂ­lia/AuxĂ­lio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salĂĄrio mĂ­nimo a partir de janeiro.

Conforme acertado em reunião, ontem (5), na residĂȘncia oficial da Câmara dos Deputados, o relatório reduz o prazo de exceção do Bolsa FamĂ­lia ao teto de gastos para dois anos e não por quatro anos, como originalmente era o objetivo da equipe de transição.

Pela proposta, serão destinados R$ 175 bilhões para pagamento do Bolsa FamĂ­lia, no valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até seis anos em 2023, além de recursos para ampliar investimentos. Agora, a PEC segue para votação no plenĂĄrio da Casa. A previsão é votar o texto na sessão de amanhã (7).

Foram cerca de quatro horas de discussão, com alguns senadores querendo retirar do texto artigos que, segundo eles, não estavam dentro do consenso do auxĂ­lio às famĂ­lias carentes. A PEC prevĂȘ, além de um valor "extra-teto" para pagamento do auxĂ­lio, cifras extras para despesas com programas socioambientais e de combate às mudanças climĂĄticas.

O texto também prevĂȘ a exclusão do teto de gastos para despesas para execução direta de obras e serviços de engenharia. "Isso permitirĂĄ a realização de obras pelos batalhões de engenharia de construções do Exército em convĂȘnios com estados e municĂ­pios", disse o relator da PEC, senador Alexandre Silveira (PSD-MG).

Os principais pontos de divergĂȘncia, segundo o senador Jaques Wagner (PT-BA), estariam no prazo da PEC, na data de envio do novo marco fiscal e na redução do impacto da proposta em R$ 30 bilhões. Parte dos senadores sugeriu que a expansão dos gastos para o pagamento valesse apenas por um ano. Eles também cobraram que a proposta de um novo marco fiscal para substituir o teto de gastos seja encaminhado em um prazo de seis meses após o inĂ­cio do novo governo. Inicialmente, o prazo seria de um ano, mas foi reduzido após acordo.

Senadores da base do atual governo queriam mais tempo para discutir a questão e pediram a realização de uma audiĂȘncia pĂșblica para debater o tema algo. Na prĂĄtica, essa audiĂȘncia pĂșblica apenas postergaria a data da votação da PEC tanto na CCJ quanto no plenĂĄrio do Senado.

Um requerimento de realização de audiĂȘncia pĂșblica foi votado na comissão, mas foi rejeitado.

Ao se enviado ao plenĂĄrio, o texto precisarĂĄ ser aprovado por pelo menos 49 senadores em dois turnos de votação. Vencida a etapa do Senado, a PEC seguirĂĄ para anĂĄlise dos deputados. Na Câmara, também em dois turnos, a PEC precisarĂĄ do apoio de 308 parlamentares para que possa ser promulgada antes do Natal.

Edição: FĂĄbio Massalli

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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