PREFEITURA SANTANA

Senado aprova texto-base do primeiro turno da PEC da Transição

A matĂ©ria vai à Câmara dos Deputados

Por Redação em 08/12/2022 às 10:37:45

O Senado aprovou na noite de hoje (7), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) chamada de PEC da Transição. Em primeiro turno, o placar foi 64 votos a 16 e, no segundo turno, 64 votos a 13. A matéria vai a Câmara dos Deputados. A proposta visa garantir recursos para programas sociais no Orçamento da União de 2023, como a continuidade do pagamento do AuxĂ­lio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salĂĄrio mĂ­nimo a partir de janeiro.

A PEC traz uma espécie de expansão do teto de gastos, criado em 2016 no governo Michel Temer. A proposta, de interesse do presidente eleito Lula, é expandir esse teto em R$ 145 bilhões para, com esse dinheiro, viabilizar o pagamento do AuxĂ­lio Brasil, que voltarĂĄ a se chamar Bolsa FamĂ­lia em 2023. O teto de gastos foi criado para limitar as despesas do governo, reduzir o gasto pĂșblico e evitar que esse gasto fosse maior que a arrecadação no ano.

A previsão da PEC é pagar o valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até 6 anos a partir de janeiro de 2023. Além disso, a PEC também prevĂȘ um valor "extra-teto" para pagamento do auxĂ­lio, cifras extras para despesas com programas socioambientais e de combate às mudanças climĂĄticas. O texto foi alinhado ontem (6) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quando foi aprovado e de onde seguiu para o plenĂĄrio da Casa.

Um ponto alvo de debates no plenĂĄrio foi o prazo de duração da expansão dos gastos. O futuro governo quer dois anos, e assim ficou no relatório do senador Alexandre Silveira (PSD-MG). Outros senadores, ligados ao atual governo ou considerados independentes, pediam um prazo menor, de um ano. O texto seguiu com os dois anos propostos pelo relator.

No seu parecer apresentado em plenĂĄrio, Silveira incluiu todas as Instituições CientĂ­ficas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), e não apenas a Fundação Oswaldo Cruz, como estava no relatório aprovado ontem na CCJ. O trecho da proposta prevĂȘ que não estĂĄ incluĂ­do no limite do teto de gastos as despesas custeadas com receita própria, doações ou convĂȘnios de instituições federais de ensino e ICTs.

O relatório também prevĂȘ o alongamento do prazo para os municĂ­pios continuarem usando, no ano que vem, os recursos jĂĄ recebidos do Fundo Nacional de SaĂșde e pelo Fundo Nacional de AssistĂȘncia Social diretamente aos fundos de saĂșde para combate à pandemia de covid-19.

Assim como firmado na CCJ, a PEC prevĂȘ que o presidente da RepĂșblica deverĂĄ encaminhar ao Congresso Nacional, até 31 de agosto de 2023, uma nova proposta de regime fiscal, chamado de "âncora fiscal", que, na prĂĄtica, substituirĂĄ o teto de gastos e, segundo a PEC, garantiria a estabilidade econômica do paĂ­s.

Matéria atualizada em 8/12 para correção de informação no segundo parĂĄgrafo. A cifra correta é R$ 145 bilhões e não R$ 145 milhões, como informado anteriormente.

Edição: FĂĄbio Massalli

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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