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Covid-19: estudo da Uerj mostra segurança de vacina em jovens

Avaliação feita em jovens de 12 a 24 anos não encontrou casos graves

Por Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro em 10/08/2023 às 18:36:04
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pesquisa do NĂșcleo de Estudos da SaĂșde do Adolescente (Nesa), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), examinou a resposta vacinal de jovens de 12 a 24 anos contra o SARS-CoV-2, imunizados no perĂ­odo de 18 de fevereiro de 2021 a 25 de agosto de 2022.

De acordo com o estudo, a ocorrĂȘncia de eventos adversos foi de cerca de 52%, sendo a maioria leves e transitórios. Os mais frequentes foram dor no local da aplicação (52,6%), dor de cabeça (25,3%), febre baixa (19,3%) e dor no corpo (20,1%), principalmente após a segunda dose da vacina. No entanto, não foram observados casos graves.

O trabalho da pediatra e médica de adolescentes Cristiane Murad Tavares analisou 699 pessoas atendidas no posto de vacinação do campus Maracanã da universidade.

"Avaliamos o perfil clĂ­nico, laboratorial e epidemiológico dessa faixa da população, bem como a resposta imunológica após o esquema vacinal primĂĄrio e os efeitos colaterais", explicou.

Entre os principais resultados, a autora cita a baixa incidĂȘncia de covid-19 após a vacinação, sem registro de hospitalizações. "As vacinas se mostraram eficientes, não tendo sido observadas reações moderadas ou graves. Os achados sugerem que a imunização é segura e tem impacto no Ă­ndice de pessoas que morrem em decorrĂȘncia da doença", afirmou.

Seleção e acompanhamento

Os participantes foram selecionados no momento em que compareciam ao posto de vacinação da Uerj, no campus Maracanã, onde eram apresentados à dinâmica da pesquisa e sensibilizados sobre a relevância do estudo. Ele foram avaliados por meio de questionĂĄrios sociodemogrĂĄficos, da história clĂ­nica e das comorbidades, além da coleta de exames laboratoriais.

A avaliação da reação à vacina ocorreu em quatro momentos: na aplicação da primeira dose e do reforço, e 30 e 90 dias após a segunda dose. As vacinas disponĂ­veis para a anĂĄlise foram a Pfizer/BioNTech, a AstraZeneca/Oxford, a CoronaVac/Butantan e a Janssen.

Segundo a médica, o objetivo do estudo é reiterar a importância de polĂ­ticas pĂșblicas que garantam o acesso à vacinação para toda a população, contribuir para conscientizar a sociedade e combater a desinformação em relação à ciĂȘncia. De acordo com ela, durante a pandemia, proliferaram fake news associando a imunização contra covid-19 a um suposto aumento no nĂșmero de óbitos de adolescentes. Na ocasião, a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria desmentiu os boatos.

O trabalho contou com a colaboração de vĂĄrios setores da Uerj: o Hospital UniversitĂĄrio Pedro Ernesto (Hupe), o Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, o Centro de Apoio à Pesquisa no Complexo de SaĂșde da Uerj, além da colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Edição: Maria Claudia

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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