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Unidade de AVC do Hospital Metropolitano completa 2 anos com mais de mil atendimentos

Serviço foi criado para dar suporte especializado no tratamento das complicações do problema de saĂșde conhecido como derrame

Por Débora Rosset e Suely Melo / Ascom Sesau em 24/08/2023 às 19:17:12
 Olival Santos / Ascom Sesau

Olival Santos / Ascom Sesau

Criada para dar suporte e tratamento especializado às complicações causadas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), a Unidade de AVC do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, completou dois anos de funcionamento nesta quarta-feira (23). O serviço, que representou um divisor de ĂĄguas na assistĂȘncia aos alagoanos acometidos pelo popular derrame, jĂĄ atendeu 1.016 pacientes.

Dos mais de mil atendimentos, 657 foram feitos pelo aplicativo de telemedicina Join, que possibilita a discussão dos casos de AVC por especialistas, que tĂȘm acesso aos exames de tomografia para a rĂĄpida tomada de decisão sobre o manejo clínico da doença. Os outros 359 atendimentos foram feitos pelo Sistema de Regulação Estadual (Sisreg).

A Unidade de AVC, que jĂĄ realizou 102 trombólises e 49 trombectomias mecânicas, foi criada com o intuito de proporcionar a reabilitação dos pacientes. Isso porque o derrame pode deixar graves sequelas neurológicas, como dificuldade em falar, dificuldade em deglutir e desequilíbrio.

O secretĂĄrio de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressalta que a Unidade de AVC do HMA causou uma verdadeira revolução na assistĂȘncia aos alagoanos acometidos por derrame. Anteriormente só contĂĄvamos com a Unidade de AVC do HGE, mas, com a implantação do serviço no [Hospital] Metropolitano, mais vidas puderam ser salvas simultaneamente", ressaltou o gestor da saúde estadual.

A coordenadora da Unidade de AVC do HMA, neurologista Rebeca Teixeira, explicou que, ao chegar à unidade, o paciente inicia o tratamento e a causa do problema começa a ser investigada, para que seja realizada a reabilitação e o acompanhamento ambulatorial. "Por ser referĂȘncia, o serviço diminui o tempo de ação para dar início ao tratamento. O paciente tem que chegar à Unidade de AVC em até quatro horas e meia após o início dos sintomas", salientou, acrescentando que o serviço atendeu cerca de 40% dos pacientes através do Programa AVC DĂĄ Sinais.

Exemplo

O aposentado Everaldo da Silva, de 76 anos, foi um dos pacientes atendidos pela Unidade de AVC. Ele foi admitido em março deste ano com alteração na fala, deglutição e dificuldade de andar. Após alguns dias internado, ele se recuperou e continua sendo assistido pelo Ambulatório do HMA. "Aqui foi o lugar onde eu encontrei o melhor tratamento do Estado. Tive AVC pela segunda vez, e fui tratado aqui. Nessa unidade tive a chance de ser muito bem cuidado e continuo sendo acompanhado no ambulatório com toda assistĂȘncia garantida", disse.

O paciente que identificar os sintomas de um AVC deve procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima de sua residĂȘncia. Com isso, através do Programa de Telemedicina Joy, ele serĂĄ regulado para o HMA ou para uma Unidade de AVC mais próxima, que pode ser no Hospital de EmergĂȘncia do Agreste (HEA), em Arapiraca, ou para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.


Programa AVC DĂĄ Sinais

Por meio do programa, criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), hospitais de referĂȘncia foram equipados com tomógrafos e os profissionais foram capacitados para identificar os primeiros sinais do AVC e tratar os pacientes com a maior rapidez possível, realizando trombólise – injeção de uma medicação para a dissolução do coĂĄgulo – e trombectomia mecânica – retirada do coĂĄgulo que estĂĄ obstruindo o vaso, através de uma punção feita na veia femoral ou radial, com o uso de um cateter –, que são as duas terapias reperfusionais para evitar a morte e as graves sequelas. Isso porque o tempo é fundamental para tratar a doença.

Fonte: AgĂȘncia Alagoas

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