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Ozempic: OMS alerta para aumento de falsificações

Anvisa identificou lote irregular de remédio no Brasil

Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília em 31/01/2024 às 16:11:51
© Jefferson Rudy/Agência Senado

© Jefferson Rudy/Agência Senado

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para a escassez de medicamentos como um problema global, sobretudo em países de baixa e média renda. Segundo a entidade, desde setembro de 2021 o número de insumos em falta em dois ou mais países cresceu 101%.

"Essa escassez de medicamentos é uma força motriz reconhecida para remédios falsificados ou de qualidade inferior e acarreta o risco de muitos procurarem obter medicamentos através de meios não oficiais, como a internet", destacou a OMS, em nota.

O comunicado cita especificamente a escassez global - registrada em 2023 - de produtos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e utilizados também para a perda de peso, como o semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação na pele para controle do apetite.

"A escassez tem um impacto negativo no acesso a produtos médicos e cria um vazio que é muitas vezes preenchido por versões falsificadas", disse a OMS, ao aconselhar pacientes a comprarem medicamentos através de fornecedores autorizados e regulamentados e a serem diligentes ao comprarem de fontes secundĂĄrias.

"Os perigos associados ao fornecimento de produtos médicos através de canais de fornecimento não autorizados ou informais podem ser considerados um comportamento de risco com consequĂȘncias graves", completou.

Anvisa

Este mĂȘs, a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) identificou um lote irregular do Ozempic no Brasil. De acordo com o sistema de notificação, a própria empresa detentora do registro - Novo Nordisk FarmacĂȘutica do Brasil Ltda - identificou unidades com características divergentes do medicamento original e comunicou à agĂȘncia. O lote em questão é o MP5A064.

"Sabe-se que os produtos médicos falsificados não tĂȘm eficĂĄcia e/ou causam reações tóxicas. Não são aprovados, nem controlados pelas autoridades competentes, e podem ter sido produzidos em condições pouco higiĂȘnicas por pessoal não qualificado, conter impurezas desconhecidas e podem estar contaminados com bactérias", finalizou a OMS.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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