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Fonoaudiólogos do HGE alertam para os cuidados necessĂĄrios para eliminar a disfagia

DistĂșrbio Ă© comum em idosos, em pessoas com doenças neurológicas e indivĂ­duos com divertĂ­culo de Zenker ou com câncer

Por Thallysson Alves Ascom HGE em 21/03/2024 às 17:29:17
Beatriz Castro

Beatriz Castro

Se vocĂȘ sente constantemente dificuldade em engolir alimentos e líquidos, chegando a ficar com a comida "presa" na garganta, saiba que isso não é normal. É possível que vocĂȘ tenha disfagia, um distúrbio em que o tratamento, conforme o fonoaudiólogo Denisson de Melo, do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, deve ser feito o quanto antes, com o auxílio da equipe da Atenção PrimĂĄria do município de residĂȘncia.

A disfagia é comum em idosos, em pessoas com doenças neurológicas, indivíduos com divertículo de Zenker ou com câncer. Estudos defendem que oito em cada dez pessoas com a doença de Parkinson e dois terços dos pacientes com Alzheimer podem desenvolver essa dificuldade. O risco também é grande para pacientes que sofreram algum trauma na boca ou na garganta.

"No HGE, o Serviço de Fonoaudiologia ingressa na assistĂȘncia multidisciplinar, ampliando as perspectivas prognósticas, reduzindo o tempo de internação e a taxa de reinternação por pneumonia aspirativa. Isso contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos nossos pacientes e afasta o risco do alimento entrar na via aérea, o que poderia causar a tosse, a aspiração, a asfixia e problemas pulmonares", pontuou o fonoaudiólogo.

Constatação

A aposentada Josefa Maria da Anunciação Acioli tem 78 anos e estĂĄ internada na Unidade de AVC [Acidente Vascular Cerebral] do HGE, foi acometida pela disfagia. Ela lembra que, no início do mĂȘs, começou a sentir vertigem, fraqueza muscular, visão turva e perda de força nas pernas. Após receber o primeiro atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) JaraguĂĄ, em Maceió, ela foi transferida para a maior unidade de UrgĂȘncia e EmergĂȘncia de Média e Alta Complexidade de Alagoas.

"Eu tenho pressão alta e jĂĄ vinha me cuidando, até que tudo foi piorando e eu precisei do atendimento médico. Quando cheguei aqui no HGE, o pessoal me atendeu bem, me explicou o que estava acontecendo, inclusive o porquĂȘ da minha dificuldade em engolir um simples suco. Ainda bem que encontrei essa fonoaudióloga, que tem tido muita paciĂȘncia comigo, fazendo exercícios para que eu volte a comer como antes", disse Josefa, que é viúva e mãe de quatro filhos.

Para reforçar sobre a importância de identificar a disfagia e sinalizar aos profissionais capacitados a tratĂĄ-la, a equipe de Fonoaudiologia do HGE realizou espaços de diĂĄlogos entre os profissionais, que incluem: técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas. Os momentos aconteceram em diferentes setores, no objetivo de esclarecer dúvidas e conscientizar sobre a importância desse cuidado.

"A disfagia não é uma doença, é um sintoma de uma doença pré-existente e tem tratamento, envolvendo toda equipe multidisciplinar, podendo ser tratada com medicações, ajustes de consistĂȘncias e volumes do alimento e até intervenção cirúrgica. Na maior parte das ocorrĂȘncias, ela não traz riscos à saúde, mas a pessoa pode seguir algumas orientações para diminuir o risco, como: optar por alimentos macios, evitar alimentos secos, mastigar bem a comida, sentar de forma ereta durante a refeição e jamais se deitar após comer. A busca pelo atendimento fonoaudiológico é importante, principalmente se for necessĂĄrio mais auxílio", recomendou Denisson de Melo.

Fonte: AgĂȘncia Alagoas

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