PREFEITURA SANTANA

Senado: divergĂȘncias podem tirar PEC emergencial da pauta de amanhã

Por Redação em 25/02/2021 às 08:17:42

A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019, a chamada PEC Emergencial, estĂĄ marcada para amanhã (25) no plenĂĄrio do Senado, mas alguns senadores ainda tentam adiar essa votação. Durante a sessão de ontem (23) e hoje (24), parlamentares pediram a palavra para questionar pontos do relatório do senador MĂĄrcio Bittar (MDB-AC). A maior divergĂȘncia estĂĄ no fim da vinculação obrigatória de parte do orçamento a investimentos com saĂșde e educação.

Atualmente, os estados são obrigados a investir 12% de seus recursos com saĂșde e 25% com educação. JĂĄ no Orçamento federal os Ă­ndices são de 15% e 18%, respectivamente. A proposta de Bittar não foi bem recebida por alguns senadores. No seu relatório, estĂĄ previsto o fim do piso orçamentĂĄrio nessas duas ĂĄreas.

Na manhã de hoje, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebeu parlamentares do PT e lĂ­deres de centrais sindicais, que pediram o adiamento da votação da PEC. Eles reforçam a ideia de votar com urgĂȘncia apenas os trechos que dizem respeito ao auxĂ­lio emergencial. Pacheco marcou para amanhã (25) pela manhã uma reunião de lĂ­deres para discutir o possĂ­vel adiamento dessa votação.

Para senadores contrĂĄrios à proposta, ela, na prĂĄtica, inviabiliza o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação BĂĄsica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), aprovado em dezembro. O Fundeb se torna permanente a partir deste ano para financiar a educação infantil e os ensinos fundamental e médio nas redes pĂșblicas.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) entende que o relator não deveria incluir temas tão sensĂ­veis em uma PEC cuja urgĂȘncia da aprovação se dĂĄ em virtude da viabilização de um novo auxĂ­lio emergencial. "Não podemos admitir. Temos que apressar a votação da PEC no aspecto do auxilio emergencial. Não dĂĄ pra incluir tudo na PEC emergencial", disse ele, durante a sessão de hoje.

Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), o relatório interfere em conquistas da sociedade nas ĂĄreas do financiamento da educação pĂșblica e do Sistema Único de SaĂșde (SUS).

Para Simone Tebet (MDB-MS), a proposta "mata" o futuro do paĂ­s."Querem matar o presente e o futuro do paĂ­s. É, no mĂ­nimo, menosprezar a inteligĂȘncia da população brasileira. É dar com uma mão e tirar com a outra", disse a senadora do MDB. "O que não vamos admitir é aprovar o auxĂ­lio com retirada de recursos para saĂșde e educação. Vamos votar e depois discutir outra PEC de que forma vamos cumprir com a responsabilidade fiscal".

A PEC emergencial estĂĄ sendo desenhada para viabilizar o pagamento de parcelas adicionais do auxĂ­lio emergencial, responsĂĄvel por dar um respiro financeiro a muitas famĂ­lias durante a crise no ano passado. Bittar incluiu no texto uma "clĂĄusula de calamidade", o que possibilitaria ao governo pagar o auxĂ­lio sem infringir as medidas de ajuste fiscal.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

Comunicar erro

ComentĂĄrios

DETRAN AL