PREFEITURA SANTANA

Comissão especial se reĂșne para votar PEC da Reforma Administrativa

Esta Ă© a quarta vez nesta semana que a comissão tenta votar o parecer do relator Arthur Maia (DEM-BA). Ontem à noite (22), Maia apresentou um novo parecer, mas o texto, com mudanças feitas de Ășltima hora na proposta levaram deputados a obstruir votação

Por Redação em 23/09/2021 às 22:01:29

Começou hĂĄ pouco a reunião da Comissão Especial para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, que trata da reforma administrativa. Esta é a quarta vez nesta semana que a comissão tenta votar o parecer do relator Arthur Maia (DEM-BA). Ontem à noite (22), Maia apresentou um novo parecer, mas o texto, com mudanças feitas de Ășltima hora na proposta levaram deputados a obstruir votação.

No inĂ­cio dos trabalhos, os parlamentares criticaram a reunião realizada na noite de quarta-feira, com o argumento de que a intenção era que se votassem um texto ainda desconhecido pelos deputados. A reunião desta quinta-feira (23) teve inĂ­cio por volta das 11h15. No momento, os parlamentares pedem retificação de vĂĄrios pontos na ata da reunião anterior.

"O relatório foi apresentado ontem depois das 21h, com um novo texto que nós não conhecĂ­amos", criticou a deputada TalĂ­ria Petrone (PSOL-RJ).

Entre outros pontos, o novo parecer de Maia retirou um artigo no texto da reforma, que previa a possibilidade da União, Estados e MunicĂ­pios, firmarem contrato com órgãos e entidades, pĂșblicos e privados, para a execução de serviços pĂșblicos, um dos pontos apontados como polĂȘmicos.

O novo texto, entretanto, mantém temas também criticados pelos deputados, como o a previsão de redução de 25% na jornada de trabalho e de salĂĄrio dos servidores. Pela proposta apresentada pelo relator, os cortes serão limitados apenas nos perĂ­odos de crise fiscal.

Maia também manteve, no texto, as regras para contratações temporĂĄrias, que segundo a oposição levariam à redução do nĂșmero de servidores concursados. O novo relatório, porém, reduz o prazo mĂĄximo dos contratos de dez anos para seis anos.

O texto também trouxe modificações nos critérios para abertura de processos administrativos para perda de cargo de servidor. A proposta facilita a abertura do processo, prevendo que o servidor seja processado depois de duas avaliações insatisfatórias consecutivas ou trĂȘs intercaladas, no perĂ­odo de cinco anos. O relatório anterior instaurava os processos depois de trĂȘs avaliações ruins consecutivas ou cinco intercaladas.

Diante da possibilidade de um novo parecer ser apresentado, a oposição solicitou a abertura de novo prazo de discussão do texto.

A possibilidade de diminuir jornada e salĂĄrios, de privatizar o serviço pĂșblico e de contratar gente. Então gostaria de reabrir a discussão, argumentou TalĂ­ria.

O pedido foi indeferido pelo presidente da comissão, Fernando Monteiro (PP-PE), "Não existe regimentalmente essa discussão, então o parecer pode ser alterado até antes da votação", justificou.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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