PREFEITURA SANTANA

Agosto Branco chama atenção para o câncer de pulmão

Foram 1,7 milhão de vĂ­timas no mundo em 2020, mais de 30 mil mortes apenas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia ClĂ­nica (SBOC)

Por Redação em 10/08/2022 às 18:42:05

InstituĂ­do hĂĄ cinco anos, o Agosto Branco chama a atenção para a importância da prevenção do tipo de câncer que mais causa mortes no mundo: o de pulmão. Foram 1,7 milhão de vĂ­timas no mundo em 2020, mais de 30 mil mortes apenas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia ClĂ­nica (SBOC).

Entre os principais fatores de risco para esse tipo de câncer estão o tabagismo, a poluição do ar, o contato com substâncias quĂ­micas como o asbesto (amianto) e derivados da queima de petróleo, e histórico familiar de câncer.

"O principal fator de risco é o tabagismo: 85% dos casos de câncer de pulmão são relacionados ao cigarro, ao fumo direto do tabaco. HĂĄ outros 15% dos pacientes que nunca fumaram. E aĂ­ existem vĂĄrios fatores de risco que podem estar associados no que a gente chama de população não tabagista, que são fatores genéticos; poluição ambiental; exposição a determinados gases e metais pesados, principalmente no trabalho, como sĂ­lica; e os fumantes passivos, que são aqueles que convivem com pessoas fumantes no mesmo ambiente", destaca a oncologista Aknar Calabrich.

Entre os sintomas principais do câncer de pulmão estão tosse por mais de um mĂȘs, com presença de sangue ou com piora progressiva; dor torĂĄcica persistente não associada a traumas; falta de ar e dificuldade para respirar; perda de peso inexplicada e não intencional.

O câncer de pulmão normalmente é silencioso e apenas diagnosticado em estĂĄgios avançados. Os sintomas iniciais da doença não são muito claros e aparecem tardiamente. Diante desse quadro, a oncologista alerta que a detecção precoce é o ponto-chave para ampliar as chances de um tratamento efetivo.

"A principal prevenção é parar de fumar. Isso reduz não só o câncer de pulmão, mas o câncer de bexiga, câncer de boca, câncer de pâncreas e outros tipos de câncer. E existem alterações de hĂĄbitos de vida que reduzem o risco de câncer de uma forma geral, que são a prĂĄtica de atividades fĂ­sicas, o sono regular, o controle de peso, e priorizar frutas e verduras", ressalta.

Para quem é fumante ou fumou no passado, a orientação é de manter consultas regulares com médico pneumologista e a realização de tomografias de rastreamento para aumentar as chances de um diagnóstico precoce.

Calabrich destaca ainda que hĂĄ suspeitas de que os cigarros eletrônicos causem o câncer de pulmão. Também conhecidos como vaporizadores, eles possuem capacidade de promover a dependĂȘncia de nicotina ainda maior de que o cigarro comum, além de causar, em curto prazo, danos respiratórios e cardiovasculares.

"HĂĄ uma tendĂȘncia de diminuição do tabagismo mundialmente, mas na contramão estĂĄ chegando o cigarro eletrônico. Nele existem substâncias que não só causam dependĂȘncia, como a nicotina, mas também a combustão de outras substâncias que a gente não conhece, porque não são produtos regularizados. Existe a queima de produtos que a longo prazo tem dado não só problemas respiratórios, de queimaduras no pulmão, doenças como pneumonia lipoĂ­dica, mas existe, sim, a suspeita do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão", explicou.

Apesar de a maior incidĂȘncia da doença em pessoas fumantes, o cirurgião torĂĄcico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) do Hospital das ClĂ­nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Nabuco, alerta que não é correto pensar que quem nunca fumou não precisa se preocupar com o câncer de pulmão.

"Existe um estigma de que o câncer de pulmão ocorre somente em quem fuma ou jĂĄ fumou, e isso não é verdade. É importante registrar que o câncer de pulmão pode ocorrer em pessoas que não tĂȘm qualquer relação com o cigarro, existindo, inclusive, mutações genéticas que podem acontecer de forma independente aos hĂĄbitos tabagistas", destaca.

"É comum que pacientes não fumantes descubram o tumor ao investigar outras condições, como a covid-19, por exemplo. Durante a pandemia, foram diagnosticados muitos tumores incidentalmente, por conta do aumento na quantidade de exames de imagem, como o raio-x e a tomografia, realizados em pacientes com suspeita de infecção por covid-19".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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